terça-feira, 22 de novembro de 2011

Soneto do Feirão

Quando tinha Feirão, iZILDINHA virava o bicho. Não tinha pudor. Fazia o que fosse necessário para encantar os clientes. Botava preço até no que “não tinha preço”. Seus produtos eletrônicos e sua barraca eram sempre os mais procurados. As colegas, concorrentes, não conseguiam entender o segredo de tanto sucesso!

Quem, também, não andava muito contente com o esquema era o marido vAVÁ. Quase toda semana, inclusive nos fins de semana, a mulher ficava o dia inteiro fora e só retornava para casa, depois da meia-noite. A justificativa: tinha que devolver os produtos ao depósito, depois que se encerrava o Feirão. Enquanto isso, as crianças ficavam chorando, em casa, pela ausência da mãe.

A crise conjugal chegou a tal ponto que vAVÁ decretou: o Feirão ou eu. Levou de goleada: Feirão 10 x 0 vAVÁ. Nunca mais, foram felizes para sempre. Foi infinito enquanto durou…

Inspirado em Vinícius de Moraes.

Soneto de fidelidade


Vinicius de Moraes


De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento (…)”

http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/86563/

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* ADVERTÊNCIA IMPORTANTE E SERVERA!


ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO.


QUALQUER SEMELHANÇA COM PERSONAGENS OU FATOS DA VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.


SE, ALGUM IMBECIL SE IDENTIFICAR COM QUALQUER PERSONAGEM E RESOLVER TOMAR AS DORES PELA HISTÓRIA, ENTÃO, É REALMENTE MAIS IMBECIL DO QUE APARENTA.


SE, VOCÊ SE PARECE COM ALGUNS DOS PERSONAGENS, OU OS FATOS E LUGARES TRAZEM SAUDADE OU CONSTRANGIMENTO A VOCÊ, NÃO SE PREOCUPE ALÉM DO NECESSÁRIO, NÃO HÁ QUALQUER RELAÇÃO, INTENCIONAL, COM A REALIDADE.
SE SUA MULHER TROCOU VOCÊ PELO FEIRÃO, FIQUE TRANQUILO, EU NÃO A CONHECI E NEM ESTIVE NO FEIRÃO.


ALIÁS, AMIGO, O DRAMA DA VIDA REAL É BEM MAIS CRUEL!
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A ÚLTIMA DA iZILDINHA!
BREVE, NUM CINEMA PERTO DE VOCÊ!
ESTOU NEGOCIANDO OS DIREITOS COM HOLLYWOOD.

domingo, 4 de setembro de 2011

“MINHA VIOLA FOI PRO FUNDO DO BAÚ...”

iZILDINHA gostava mesmo era do cunhado, caminhoneiro. Não raras foram as vezes em que Vavá chegara a casa, e o cunhado já estava lá, sempre por uma causa justa e nobre, havia sempre uma boa explicação.

Vavá andava “meio deconfiado”, como todo bom paraguaio é, mas não tinha provas reais do que imaginava que estava se passando.

Certo dia, iZILDINHA disse que trabalharia no feirão, até mais tarde, e que só retornaria para casa por volta das 10 da noite. vAVÁ teria que trabalhar na usina de álcool de Quebra-Coco até por volta da meia-noite. Mas, por um problema na maquinaria, foi dispensado e pôde voltar mais cedo para casa.

Para sua surpresa, ao chegar ao condomínio da Cohab, de longe, avistou o fuscão preto parado em frente ao seu lar, doce lar.

Aproximou-se com cuidado, sem fazer alarde. E percebeu que havia voz de homem cantando e som de violão. Um samba-canção, romântico, suavezinho. Pensou ser Paulinho da Viola, mas não era. A viola já havia ido para o fundo do baú.

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* ADVERTÊNCIA IMPORTANTE E SERVERA!

ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO E FOI INSPIRADA PELA CANÇÃO: GUARDEI MINHA VIOLA (Paulinho da vila), Disponível em http://letras.terra.com.br/paulinho-da-viola/48055/ acessado em 04/07/2011, às 17h20.

QUALQUER SEMELHANÇA COM PERSONAGENS OU FATOS DA VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

SE, ALGUM IMBECIL SE IDENTIFICAR COM QUALQUER PERSONAGEM E RESOLVER TOMAR AS DORES PELA HISTÓRIA, ENTÃO, É REALMENTE MAIS IMBECIL DO QUE APARENTA.

SE, VOCÊ SE PARECE COM ALGUNS DOS PERSONAGENS, OU OS FATOS E LUGARES, TRAZEM SAUDADE OU CONSTRANGIMENTO A VOCÊ, NÃO SE PREOCUPE ALÉM DO NECESSÁRIO, NÃO HÁ QUALQUER RELAÇÃO, INTENCIONAL, COM A REALIDADE.

SE SUA MULHER JÁ CANTOU E DANÇOU “GUARDEI MINHA VIOLA”, COM SEU CUNHADO, FIQUE TRANQUILO, EU NÃO A CONHECI E NEM AO SEU CUNHADO.

ALIÁS, AMIGO, O DRAMA DA VIDA REAL É BEM MAIS CRUEL!

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A ÚLTIMA DA iZILDINHA!

BREVE, NUM CINEMA PERTO DE VOCÊ!

ESTOU NEGOCIANDO OS DIREITOS COM HOLLYWOOD.

domingo, 1 de maio de 2011

Palhaçada real!

Casamento é casamento; agora, palhaçada é outra coisa!

Súper?

Os supercomputadores já sabem amanhã quem está na malha fina. Por que, então, outros corruptos demoram tanto a ser pegos?

domingo, 10 de abril de 2011

Dragão e corintiana – a última da iZILDINHA!


A iZILDINHA e o jORJÃO tiverem um longo romance, desde a adolescência. Foi amor à primeira vista. Paixão intensa, enlouquecedora. Dessas que nos fazem cometer as maiores loucuras.


Pois, então. Foi num desses momentos, que iZILDINHA decidiu tatuar na nádega direita os seguintes dizeres: “Jorge! Amor eterno!”.


Mas, amor tem prazo de validade. E a relação esfriou um dia. Monotonia, sexo ruinzinho, não estava mais fluindo.


As partes íntimas de iZILDINHA ganharam a atenção, então, de um novo amante, que viria a se tornar seu marido: vAVÁ!


Mas esta história quase não teve um final feliz, não houvesse sido a criatividade de iZILDINHA e a incrível habilidade de seu tatuador, cHIQUINHO tATOO, ali da rua Pedro Celestino.


Um belo dia, ele foi procurado por iZILDINHA, que lhe disse:


- Quero mudar a história da minha vida!


Ela baixou as calças, virou o traseiro para o tatuador e pediu:


Tira as aspa e põe um dragão do lado direito! E, do lado esquerdo, põe o símbolo do Coríntia!”



De modo, que o traseiro completo passou a conter a seguinte mensagem:


“Coringão e São Jorge! Amor eterno!


Vavá, apesar de Palmeirense, adorava o traseiro da mulher, dizia que a tatuagem o enfurecia e o excitava, servindo como afrodisíaco natural!


Eram felizes e faziam sexo selvagem ao som de Jorge de Capadócia, composição de Jorge Bem Jor, na voz de Fernanda Abreu.


“Salve Jorge...


Porque eu estou vestida com as roupas E as armas de Jorge Oxossi aylodá yamalabê Yambelequê yorô Odé matá corona”



http://letras.terra.com.br/fernanda-abreu/111611/



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* ADVERTÊNCIA IMPORTANTE E SERVERA!


ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO. QUALQUER SEMELHANÇA COM PERSONAGENS OU FATOS DA VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.


SE, QUALQUER IMBECIL SE IDENTIFICAR COM QUALQUER PERSONAGEM E RESOLVER TOMAR AS DORES PELA HISTÓRIA, ENTÃO, É REALMENTE MAIS IMBECIL DO QUE APARENTA.


SE, VOCÊ SE PARECE COM ALGUNS DOS PERSONAGENS, OU OS FATOS E LUGARES TRAZEM SAUDADE OU CONSTRANGIMENTO A VOCÊ, NÃO SE PREOCUPE MAIS, NÃO HÁ QUALQUER RELAÇÃO, INTENCIONAL, COM A REALIDADE.



SE SUA MULHER TEM UM DRAGÃO TATUADO NAS ANCAS, FIQUE TRANQUILO, EU NÃO A CONHECI E NEM CONHECI O JORJÃO.


ALIÁS, AMIGO, O DRAMA DA VIDA REAL É BEM MAIS CRUEL!


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A ÚLTIMA DA iZILDINHA!


BREVE, NUM CINEMA PERTO DE VOCÊ!


ESTOU NEGOCIANDO OS DIREITOS COM HOLLYWOOD.


terça-feira, 15 de março de 2011

HERANÇA DE SOLTEIRA – a última da Izildinha!

A iZILDINHA, quando solteira não era fácil. Aliás, não, não era difícil. Curtia a vida adoidado! Muita dada, muito querida!

Nada muito seletiva, nem discreta; não perdia a viagem. Orgulhava-se do poder de seu instrumento e dizia:

- “Foi inventado para usar. Não foi inventado para guardar na geladeira!”

Certa vez, partiu para Bonito e, depois, para as barrancas do rio Paraguai, em Porto Murtinho, numa caravana de amigos. Só chegados, só amigos dos peitos, como ela dizia.

Ela, como sempre, gostava de fotografar os adversários e se deixar fotografar nos momentos de luta. Naquele tempo, ainda não havia Orkut e Facebook, do contrário, ela teria criado um álbum público “Amigos dos Peitos”.

Não eram, ainda, fotos digitais. Vivia-se a época dos negativos. E iZILDINHA guardou muitos deles.

Também, guardou um disco de vinil do Chico Buarque, com a música Iolanda, tema de um velho amor, com dedicatória e tudo de Valdenor, um dos amigos dos peitos, em que ele escrevera na capa:

“Para iZIUDINHA, a mulher mais incrivil que eu já conheci!”

Enfim, coisas da juventude!

O problema foi quando, em plena de lua de mel, numa cabana em que ela e o marido vAVÁ foram morar em Quebra-Coco, ao ajeitar as coisas no seu novo ninho de amor, ele descobriu no "cafofo" um baú com raridades de iZILDINHA.

No baú de recordações, estavam os tais negativos das viagens de iZILDINHA, com fotos em poses muito extravagantes, na companhia de muitos amigos dos peitos, sempre exibindo garrafas de uísque e copos de chope ou cerveja. De frente, de lado, do alto, por cima, por baixo, de ponta-cabeça, tudo muito criativo, mas envolto em muito carinho.

O pobre do Vavá, arrasado, nem foi trabalhar aquele dia, e ficou “curtindo”, amargurado, as antigas aventuras da esposa com quem recém havia se unido em matrimônio.

No baú, muitos negativos, muitas fotos, muitas cartas de amor, muitos bilhetes eróticos e outras lembrancinhas. Mas, o que mais irritou vAVÁ é que não havia nada de amigas. Só amigos, dos peitos.

E o pobre vAVÁ passou o dia tomando tereré, tentando afogar as mágoas e entender o comportamento de sua (?) mulher.

Enfim, quando ela retornou do trabalho na usina de álcool, vAVÁ foi incisivo e, apontando para o baú da saudade, perguntou-lhe:

- O que é isso? O que tudo isso significa? Exijo uma explicação!

E, ela, muito tranquila, sem alterar os passos ou a respiração, respondeu:

- “É minha herança de solteira!”.

Seguiu-se um minuto de silêncio tenebroso e sepulcral...

Vavá, como era muito apaixonado pela mulher, decidiu, então, relevar e esquecer o assunto.

Colocaram o disco no Chico Buarque (cantando em dueto com Simone) na vitrola.

E, então, vAVÁ e Izildinha abraçaram-se, choraram juntos e, depois, fizeram sexo selvagem, ao som de “Iolanda”...

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Iolanda

Chico Buarque

Composição: Pablo Milanés

Esta canção não é mais que mais uma canção
Quem dera fosse uma declaração de amor
Romântica, sem procurar a justa forma
Do que me vem de forma assim tão caudalosa
Te amo,
te amo,
eternamente te amo

Se me faltares, nem por isso eu morro
Se é pra morrer, quero morrer contigo
Minha solidão se sente acompanhada
Por isso às vezes sei que necessito
Teu colo,
teu colo,
eternamente teu colo” (...)

http://www.justsomelyrics.com/1843973/Chico-Buarque-e-Simone-Iolanda-Lyrics

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SE, QUALQUER IMBECIL SE IDENTIFICAR COM QUALQUER PERSONAGEM E RESOLVER TOMAR AS DORES PELA HISTÓRIA, ENTÃO, É REALMENTE UM IMBECIL.

SE, VOCÊ SE PARECE COM ALGUNS DOS PERSONAGENS, OU OS FATOS E LUGARES, TRAZEM SAUDADE OU CONSTRANGIMENTO A VOCÊ, NÃO SE PREOCUPE MAIS, NÃO HÁ QUALQUER RELAÇÃO, INTENCIONAL, COM A REALIDADE.

ALIÁS, O DRAMA DA VIDA REAL É BEM MAIS CRUEL!

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A ÚLTIMA DA iZILDINHA!

BREVE, NUM CINEMA PERTO DE VOCÊ!

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quarta-feira, 9 de março de 2011

NEM SANTA, NEM PADRE!


Inspirada por Madonna, ou outra capetinha qualquer, iZILDINHA teve um momento de lucidez, ou de total insanidade, e abriu seu coração. Chamou o marido para uma conversa e disse-lhe:

- Tenho que te confessar uma coisa: eu não sou santa!

E ele, sem levar a conversa muito a sério, diz:

- Não tem problema. Eu também não sou padre!

Mas, ela insistiu.

- Sabe, quando eu trabalhava como secretária naquela construtora... Você ligava e não me achava no escritório. E eu te dizia que estava fazendo serviço externo, principalmente, nos sábados pela manhã. Então, não era verdade! Eu estava com um dos meus amantes!

Vavá, supertranquilo e compreensivo, responde:


- Não tem problema. Sabe aquele encontro de Administração, em Goiânia-GO. Pois é, eu também não fiquei o tempo todo discutindo a teoria de Maslow. A maior parte do tempo, fiquei no quarto do hotel, me divertindo com umas colegas acadêmicas!


Olharam-se, num misto de amor e ódio. Abraçaram-se. Choraram...

E, depois, fizeram sexo selvagem, ao som de Lindomar Castilho:

(...) “Nós somos dois sem vergonhas...”

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P.S.

Nós somos dois sem vergonhas - autoria de Lindomar Castilho e Ronaldo Adriano

http://letras.terra.com.br/lindomar-castilho/944705/

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* ADVERTÊNCIA IMPORTANTE E SERVERA:

ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO. QUALQUER SEMELHANÇA COM PERSONAGENS OU FATOS DA VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

SE, POR ACASO, VOCÊ CONHECE ALGUM VAVÁ, ALGUMA iZILDINHA, OU ALGUMA CASA ONDE ESSA LINDA CANÇÃO TENHA SIDO EXECUTADA, FAVOR EVITAR QUALQUER CORRELAÇÃO, POIS ELA NÃO EXISTE.

O DRAMA DA VIDA REAL É BEM MAIS CRUEL!

A ÚLTIMA DA iZILDINHA! BREVE, NUM CINEMA PERTO DE VOCÊ!

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segunda-feira, 7 de março de 2011

O Capeta responde

Ouvinte – Prezado Dr. Capeta, tenho vizinhos que passam o dia xingando os filhos e batendo neles. Devo intervir? Denunciá-los à Polícia? Não quero encrenca nem com vizinhos, nem com a polícia!

Consultor – Meu prezado Dodô!

Em primeiro lugar, Capeta não é Doutor, é consultor sentimental, apenas.

Em segundo lugar, vizinhos e Polícia são encrenca na certa. Vizinho vive criando confusão, e a polícia vive metida em confusão, tentando resolvê-las. Portanto, suas opções não são muito boas.

Terceiro, se eles xingam e espancam as crianças o dia todo e todo dia, imagine o que eles vão fazer com você, quando souberem de sua intervenção na “educação” dos filhos deles.
Por fim, sugiro que você contrate um ultraleve e distribua, sobre o quarteirão onde mora, panfletos totalmente impessoais, com a seguinte informação:

Lei 8.069. de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA):

“Art. 17 – O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideais e crenças, dos espaços e objetos pessoais” (Vade Mecum. 8ª Ed. Atual. Ampl. São Paulo: Saraiva, 2009.).

Entre outros...

No mais, é esperar que eles cheguem aqui, para acertar as contas comigo!
Abraços incandescentes!

O Capeta responde

O Capeta responde

sábado, 5 de março de 2011

Olho por olho; marido por marido

Ela gostava de fortes emoções e de viver perigosamente!

Os padrões morais de izildinha eram mesmo assustadores a olho nu.
Mas, já dizia meu amigo Jr. “Bem de perto, ninguém parece muito normal”.
Pois bem, ela gostava de dividir o marido com a irmã! Mas não era só para serviços domésticos, como trocar lâmpada, botijão de gás, prender o cachorro... Era serviço completo: cama, mesa e banho.

Vavá, o marido da izildinha, pensava estar tirando proveito da situação, pois podia ter, também, os prazeres da carne proporcionados pela cunhada (dizem ser uma fantasia normal da maioria dos homens casados. Sei lá, Freud já deve ter explicado!).

Mas, izildinha deixava claro para a irmã:
- Quando você se casar, seu marido será meu também!

Dito e feito! Aquela vidinha foi ficando monótona, rotineira, e izidora, a irmã mais nova, resolveu casar-se.

A regra era clara: todo mundo de todo mundo; dente por dente; olho por olho; marido por marido.

Mas, izidora não concordou em manter o acordo e ceder o marido.
Romperam-se os laços. Entram em crise. E nunca mais foram uma “família feliz”!

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* ADVERTÊNCIA IMPORTANTE E SERVERA:
ESTA É UMA OBRA DE FICÇÃO. QUALQUER SEMELHANÇA COM PERSONAGENS OU FATOS DA VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

SE, POR ACASO, VOCÊ CONHECE ALGUM VAVÁ, ALGUMA iZILDINHA, OU ALGUMA iZIDORA, FAVOR EVITAR QUALQUER CORRELAÇÃO, POIS ELA NÃO EXISTE. O DRAMA DA VIDA REAL É BEM MAIS CRUEL!

A ÚLTIMA DA iZILDINHA! BREVE, NUM CINEMA PERTO DE VOCÊ! ESTOU NEGOCIANDO OS DIREITOS COM HOLLYWOOD.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

MARIDO PEQUENO E MULHER FORA DO PESO

A izildinha havia se formado em Moda, na FacOeste. Agora, tinha curso superior. Mas, andava filosofando:

- Cheguei a uma conclusão: marido é que faz a gente engordar. Quando solteira, eu era linda, leve e solta! Mas, agora?...

E outra:

- Marido pode ser pequeno, mas amante tem que ser grande.

Até aí, nada demais! O problema é que izildinha acreditava mesmo nas suas teses e as propagava para quem quer que fosse, onde quer que fosse, inclusive nas reuniões da família.

O pobre do Vavá, humilhado, reclamou do comportamento da mulher, em tom nostálgico:

- Antes de nos casarmos, era barzinho, MPB e marguerita. Agora, você só ouve funk, sertanojo universitário e só que saber de boate e bebidas extravagantes. O que aconteceu conosco?

Para izildinha, discutir a relação deveria ser um pedido dela e não dele. Ele estava invertendo os papéis. Além disso, ela não estava a fim de ter esse papo. Encerrava a conversa, dizendo que Vavá era um chato, que não valia mais a pena discutir, que o sexo andava ruinzinho e que as coisas não estavam mais fluindo como ela planejara.

Vavá contra-argumentava, dizendo tê-la escolhido para ser a mulher ao lado de quem ele gostaria de envelhecer.

E ela:

- Então, conseguiu. Velho você já é. E, tô aqui, num tô?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Onça pintada ou pavoa? Dança ou não dança?

Pobre do Vavá! A opinião dele não valia nada mesmo naquela relação!

Não gostava que izildinha usasse óculos escuros. Dizia que, em vez de realçar a beleza dela, aquilo só encobria sua beleza natural. Vavá era apaixonado pela mulher. Considerava-a linda e dizia que ela não precisava de ornamentos para ser encantadora.

Mas, izildinha nem ligava. Carregava tanto na maquiagem e nos penteados, que ficava parecida com uma pavoa. E os óculos, então, pareciam um outdoor, cobrindo-lhe praticamente todo o rosto.

Dizia que o marido estava era com ciúmes e que ele não queria que ela ficasse bonita. Dizia que se arrumava daquele jeito para ele, embora Vavá se declarasse contrariado e constrangido com toda aquela quinquilharia (jóias e semijoias enormes, salto alto, saia curta, pulseiras, braceletes, tudo e sobretudo).

Ela era chegada a plumas, paetês, chapéus e colares. Tudo muito cheio de brilho e lentejoulas, lembrando as fantasias carnavalescas. Ela era realmente uma peça alegórica com aquilo tudo, carregado de exagero, inclusive no estilo de se vestir.
Dizia que os óculos a faziam parecer mais poderosa:

- Poderosa não! Bandida! Aliás, bandida não! Chefe da quadrilha!

Para fazer mais o tipo, decidiu pintar o cabelo de loiro, depois de vermelho pica-pau, de roxo... E, assim, era como se, a cada mês, Vavá trocasse de esposa. Ele não estava gostando nada daquela extravagância. Mas, seu desconforto não importava para ela.

Contudo, o problema maior foi quando izildinha começou a aparecer em casa, toda semana, com uma fantasia nova. Eram fantasias de onça pintada, tigresa, máscaras (grandes e pequenas), enfermeira, professora, colegial, mulher-gato e até um brinquedinho surgiu no meio dos objetos encantadores.

Questionada pelo marido, ela disse que era tudo para agradá-lo e apimentar a relação dos dois. Vavá aceitou a versão da mulher.

Até que, um dia, descobriu entre as coisas dela, paramentos para dança do ventre: véus multicoloridos, saias e até um CD com músicas típicas da dança. Ele Pediu, então, para que izildinha dançasse para ele. Mas, ela, disse que estava apenas no começo das aulas e que ainda não estava preparada para a apresentação.

Vavá, surpreso, disse:
- Mas eu não sabia que você estava fazendo aulas de dança!

É sempre assim. Marido é o último a saber.

Afinal, dança ou não dança? Dançou!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Tá virando gringo agora?

Atendendo pedidos dos leitores, tive que rever minha estratégia criativa em relação à izildinha, nesta semana.

Muitos reclamaram: “Não é o possível que o caráter dessa mulher seja totalmente negativo. Ela deve ter alguma coisa boa. Todo mundo tem!”.

Bem, então, tive que pensar durante duas semanas, em busca de uma boa ação de izildinha. E, achei. Ela fazia uma coisa boa, que era estudar. Fazia cursinho e estudava Inglês.

Mas, tinha um porém. O cursinho dela não era muito convencional. Começava às 22 horas e ia até de madrugada, no outro dia. Funcionava num casarão muito chique, com muros altos, cerca elétrica, interfone, portão eletrônico, piscina, churrasqueira, pista de dança, vários quartos, sala de vídeo... E tinha sempre seguranças armados na portaria. Mais parecia um clube privê.

Enfim, izildinha pagava as matrículas e mensalidades regularmente, até que, um dia, disse ao marido que, por seu desempenho, havia ganhado uma bolsa de estudos, cujo valor seria depositado em um cartão de crédito, personalizado.

O marido achou estranho, mas, compreensivo como era, preferiu não impedir a mulher de estudar. E, assim foi, por um ano letivo inteiro.

Certo dia, izildinha retornava do cursinho, por volta da 5 da manhã, e o marido resolveu testar o seu desempenho lingüístico, perguntando-lhe:
- “And then, how was your class? What did you learn today?”

E ela respondeu:
- Não enche! Não vê que eu tô com sono, com dor de cabeça! Tenho que ir dormir agora! Que saco! Que que é? Tá virando gringo agora?

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P.S.
Tradução do Google:
- E, então, como foi sua aula? O que você aprendeu hoje?
- And then, how was your class? What did you learn today?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O freio de mão tá solto!

Izildinha se separou do marido e foi logo avisando os chegados da empresa:
- Podem me chamar para as festas. Tá liberado. O freio de mão tá solto!

Passou a disputar a popularidade com as coleguinhas solteiras do trabalho. Passou a andar “sempre em boa companhia” e a tratar os colegas por Senhor Delíciaaaaaaa!!!!! Ninguém escapava: do porteiro, do borracheiro, do mecânico, ao alto escalão da diretoria.

Puxava a convocação para as festinhas e para os festões. Era a primeira a chegar e a última a sair. Dançava com todos e qualquer um. Sempre acompanhada da sua taça de cerveja com o símbolo do Palmeiras.

Não era muito discreta e nem muito discricionária. Gostava de fotografar os adversários e publicar as fotos do encontro no Orkut, sempre com depoimentos picantes e empolgados.

- Isso é que é vida!!!!, dizia.

Final de festa não é para qualquer um! Só os fortes agüentam. Nas festas da família “D”, lá estava Izidinha empunhando sua taça de bebida e dançando Créu, enquanto muito marmanjo já estava estirado de bêbado pelo chão!

Créu! Créu! Créu!!!!! ...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quem é o pai

Pai não é quem faz, mas quem cuida, cria, protege e ama!

Vadiagem e fama

Não quer ser tratada como uma vadia; então, não se comporte como uma!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pensa!

Tem gente que pensa que pode se casar e continuar "dando" para todo mundo!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

EU QUERO CONHECER O CAPETA!

Izildinha não era dessas. Aliás, era daquelas! Daquelas religiosas, vestidão longo, perna cabeluda, cabelão comprido, evangélica mesmo!

Fabão, pagodeiro, garoto esperto, só respeitava a mãe do papa. Com ele, não escapava ninguém.

Um belo dia, mera coincidência, saindo do trabalho com seu Monza cor vinho, topou com Izildinha no caminho. Ofereceu carona e ela, quem diria, inocentemente, aceitou.

Fabão, fazendo-se de tonto, tocou pra saída de Cuiabá. Chegando nas proximidades do Tudo Certo, Fabão ameaçou entrar no motel. Izildinha então entrou em pânico, ameaçando se matar, jogando-se do carro, caso Fábio não fizesse o retorno.

Mesmo assim, Fabão entrou no motel, passou pela portaria, pegou a chave e foi para o número 13. Izildinha ameaçava gritar, chorava copiosamente, pedindo pelo amor de Deus, para que Fábio a levasse embora.

Carro parado bem em frente à porta de entrada do apartamento, Izildinha desceu do carro e começou a correr pelo pátio como uma maluca.

- O capeta mora aí dentro! Pelo amor de Deus me leva pra casa!

Fábião não quis arriscar sua integridade moral, Catou a moça pelo braço, colocou-a com toda a delicadeza dentro do carro e foram embora.

Desde então, Fabão não suportava nem ouvir falar o nome de Izildinha.

- “Aquilo é uma histérica maluca. Falta de sexo”, dizia ele.

Um Mês depois, no pátio da empresa, horário de saída, Izildinha resolveu pedir uma carona para Fábio. Meio ressabiado, ele concordou. Como quem não queria nada, perguntou a ela:

- Pra onde?

E, para sua surpresa, ouviu a seguinte resposta:

- Me leva pra aquela casa cheia de luzes na frente. Eu quero conhecer o capeta!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Uma moça de família e uma mulher de caráter

Izildinha se dizia uma moça de família e uma mulher de caráter. Uma santa para a sociedade. Só não gostava de respeitar maridos. Já havia corneado os dois últimos.

Com o último, ela escancarou, ao permitir que:

1) O ricardão esquecesse os chinelos no quarto de dormir e, depois, deu para o marido calçar;
2) o ricardão esquecesse um toco de cigarro na churrasqueira, sendo que ela e o marido não fumavam;
3) o ricardão esquecesse na gaveta da cômoda camisinhas de várias cores e vários sabores, sendo que ela e o marido (perigosamente) não costumam fazer uso desses artefatos.
4) Se deixasse fotografar em reuniões de trabalho (Feirões), com os colegas (muitos) apenas do sexo masculino. As poses, quase sempre, tinham formato de sanduíche, e Izildinha sempre era a salsicha dos “amigos dos peitos”.
5) nas festas de família, os mais chegados costumavam brincar com Izidinha, beliscando-lhe as testas, ou passando-lhe a mão na bunda...

Mas, ela jura por tudo que é mais sagrado, que é uma moça de família e uma mulher de caráter.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Eu era casado...

"Eu era casado (com ela). Ela é que não era (comigo)." (do filme 'Meu melhor amigo' - Comédia Direção: Patrice Lecont - França - 2006).

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"Todo Mundo e Ninguém"

"Se for com todo mundo; então, é com ninguém." (do filme 'Meu melhor amigo' - Comédia Direção: Patrice Lecont - França - 2006).